Quando nos tornamos mães descobrimos uma verdade assustadora: nenhum livro que lemos, ou não lemos, na gestação nos avisou ou nos convenceu: - Querida, Não há nenhum guia para mães. Resumindo: Se vira agora! Calma, amigas, essa é a proposta deste blog. Como não há guias, vamos criar nosso próprio clube de trocas de experiências, reflexões e desabafos sobre a realidade de criar filhos. Sejam bem-vindas!
terça-feira, 6 de março de 2012
Mestrado pra ser mãe e doutorado pra ser filho.
O ano de 2012 chegou e você está
se sentindo aliviada porque seu filho começou o curso de inglês e irá iniciar a
aula de natação. Tenho más notícias e mais ansiedade para você e outras mães
que são cobradas e julgadas pelo mundo da competição materna do século 21, lá
vai: se você quer ser conhecida como uma mãe pós-contemporânea e antenada com
as novidades “pedagógicas sócio-educativas” deve matricular seu filho em aulas
de Mandarim, circo e ginástica cerebral. Sim, mães! Inglês, espanhol e natação
já fazem parte do passado. A mãe “ultrapedagogicamente correta” coloca seu
filho em aulas alternativas. Quando essa maratona começa? Advinha? Tudo começa
na gravidez com o curso de gestante ( nossa, você não fez?), no nascimento já nos sentimos culpadas por não termos condições
financeiras de armazenar o cordão umbilical, depois vem o tub baby, a shantala,
a superprodução do aniversário de um ano, ler todos os livros sobre criação dos
filhos, a amamentação até os dois
anos, muitas não completam nem os seis
meses por causa do trabalho. Falando em trabalho, temos ainda a culpa do
trabalho, do marido carente, da dona de casa imperfeita, de não ter emagrecido
após um mês do nascimento do seu filho como fez aquela atriz famosa, enfim, a
lista é infinita. Há, não podemos esquecer da mãe “ultraecologicamente correta”:
tudo orgânico e fraldas de pano. Se você já deu papinha industrial e usa
fraldas descartáveis está condenada ao inferno . Ser mãe na década passada era
sinônimo de trazer alguém ao mundo para preencher o espaço vazio em nossas vidas, tinha-se mais liberdade
para cometer erros que muitas vezes nem eram julgados como erros, podia-se usar
chupeta, levar o filho ao dentista lá
pelos 4 anos (hoje não se pode passar dos dois), mamadeira sem bico ortodôntico
e escolinha aos 5 anos e não aos 2 anos ( quase uma obrigação). Ser mãe
atualmente tornou-se uma árdua
jornada porque não basta apenas preencher nossas vidas, mas também a
sociedade. Temos que tomar cuidado para não esquecer que somos humanas e nossos
filhos são apenas crianças, temos que lutar para resgatar o direito de ser
simplesmente mãe.
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